segunda-feira, 30 de julho de 2012

A saudade é...

Uma maneira que nosso coração encontra para nos mostrar por quem bate mais forte. O caminho que as lembranças bonitas procuram, para fazer barulho em nossos pensamentos e nos fazer sentir o valor do viver, em momentos. Uma forma da alma nos dizer que existem pessoas que simplesmente não conseguimos dizer adeus. Um jeito da vida nos mostrar que mesmo que nós não consigamos imaginar a vida sem algumas pessoas, muitas vezes o que resta é não dizer nada, apenas ir embora, ser saudade. A saudade? É o preço que se paga, para conhecer pessoas inesquecíveis, ter momentos memoráveis e viver amores inexplicáveis...

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O que fazer com o coração?

Bem, eu não sei o que vocês fazem, ou conseguem fazer com o de vocês, mas vou dizer-lhes o que faço com o meu. O meu coração deixo ao relento, desabrigado, morando fora de meu peito, para que ele nunca tenha medo de se molhar na chuva em dias de tempestade. É verdade, ele já tem lá suas cicatrizes de guerra, das suas muitas entregas nos campos de batalha da vida. Tem muitas feridas já saradas, algumas ainda sarando, e outras que sei, que jamais sararão. Confesso, ele reclama de dores uma vez ou outra, fraqueja sim, pede para se esconder do mundo às vezes, pois já não suporta mais machucados. Mas haveria algum sentido para esse órgão que nos é vital, se não a sua entrega para o amor? Para o outro? Para o mundo? Neste meu coração já não mais de carne, mais de lágrima, riso e poesia, há por trás de cada ferida, longos suspirares, sonhos inesquecíveis, lembranças bonitas, sentimentos inexplicáveis, simplesmente os recortes mais lindos da minha história. Amor é doença e cura. Ele é doença, pois dentre seus sintomas a loucura e a dor sempre estão presentes. Mas ele é a cura; a cura da vida... Mais vale um coração calejado, de tanto ter amado, do que um empoeirado, de nunca ter tentado...

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Ter alguém?

Muito se fala, muito se sonha, muito se deseja, mas poucos verdadeiramente tem. Ter alguém, vai muito além de corpos juntos, de compromissos, de mãos dadas. Ter alguém de nada tem haver com possuir um outro. Amor pra ser amor, não pode se tratar de ter, mas de ser. É ser no outro, morada, marca, cicatriz profunda. Entrega, alento, companheirismo, sentimento. Liberdade, sintonia, paixão, poesia. 

É sentir a alma inundada
De tudo, de nada
É amor sem partida, só chegada
Estrada bonita, doce caminhada
Onde o pra sempre, é a única parada...

quinta-feira, 12 de julho de 2012

A cura da amargura é a ternura...

Esbarrar no belo canto da alma
E assim, levar a vida com mais calma
Encontrar a preciosa sensibilidade
E assim, distribuir olhares de verdade
Tropeçar no respeito pelos viventes
E assim, ver que somos todos parentes
Alcançar a pureza da humildade
E assim, ver que de nada vale a vaidade
Almejar no afeto, no carinho, no riso e na saudade
E assim, perceber que esse é o caminho da felicidade
Olhar a si e ao outro, querer a cura da amargura
E assim, entender que só no amor a vida pode ser pura...

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Sabe o que anda faltando?

Mais abraços apertados
Mais beijos demorados
Pessoas interessantes, que sejam interessadas
Pessoas errantes, sem medo de serem amadas
Falta brilho no olhar, perfume no riso
Falta magia no toque, coração preciso
Mais cafuné, mais mãos dadas
Mais carinho, mais gente apaixonada
Pessoas entusiastas, que sejam leves
Pessoas puras, sem medo de ser como deve
Falta sede pela vida, falta calor, falta sabor
Falta palavra doce, falta eu te amo! Falta amor...

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Paz e amor, que tal?

Há algo mais constrangedor do que presenciar a briga de um casal? Há! Fazer parte do casal briguento. A lista é grande, e envolve brigas, discussões, desavenças, desentendimentos, conflitos, e assim por diante... O que eu acho mais interessante ainda, é quando eu ouço pessoas falarem que "discutir" é algo normal, ou até mesmo inerente de uma união. Esperem um pouco, que não é bem assim. Sem dúvida, relações humanas são conflituosas em muitos sentidos, pois implicam em desejos, vontades, anseios, e leituras diferentes, exigindo sempre, muita negociação das partes em prol de uma relação saudável e funcional. Mas e os casais que brigam constantemente? E aquelas discussões que mais parecem cenas de uma novela mexicana? Aqueles que parecem que nunca se entendem em nada? E os que transpiram hostilidade, parecendo até mesmo gostarem de brigar? Violência física então, prefiro nem fazer comentários. Mas onde eu quero chegar? Falar se briga é normal, se não é? Não. Casais tem sua própria dinâmica, sua forma de se relacionarem, e se entenderem, todavía essa mesma forma muitas vezes é um conjunto de hábitos e vícios que são reproduzidos na relação, sem o casal se dar a menor conta. O que eu gostaria de chamar a atenção, é que conflitos podem acontecer sim, são inclusive esperados, mas a intensidade e a frequência destes supostos conflitos podem evidenciar que algo não vai bem, sendo indicativos de uma série de questões, como: desgastes, falta de razão de ser de uma relação, imaturidade, fragilidades, problemas de comunicação, ausência de importantes afinidades, projetos díspares, e etc... Relacionamentos sólidos, mais fortalecidos e bem construídos, tendem a evitar conflitos desnecessários, lidando com estes de um modo bem mais assertivo quando ocorrerem, ainda, apropriando-se das dificuldades que por ventura surgirem, e transformando-as em aprendizado, ensinamento, mais estrutura para a relação. Amor é para ser porto seguro, lugar de acolhimento, aconchego e proteção, é sentir a mais plena paz no abraço apertado da pessoa amada...

terça-feira, 26 de junho de 2012

Mas o que você viu em mim?

- O amor é uma química diferente. Uma química onde não há bem uma tabela periódica para distinguir os elementos e seus efeitos. É por vezes, o encontro de dois mundos completamente distintos, mas que de alguma maneira, se entrelaçam numa harmonia perfeita. É nó entre almas. O sentir de uma paz, jamais pensada ao lado de alguém. O sol que você vê, o ar que respira, a grama que pisa, tudo fica diferente. É sabor, é combinar como feijão e arroz. É ser peça e encaixe de um quebra-cabeça. É nada. É tudo. É dúvida. É certeza. 

- Mas o que você viu em mim?

- Não sei. E nem preciso saber na verdade. Claro, você é encantadora, linda, querida e interessante. Seria impossível não me apaixonar por você. Mas amor não resume-se ao que meus olhos conseguem perceber em você, vai muito além disso. Tem haver com o que meu coração fala. É uma questão de como você faz eu me sentir. E com você, me sinto único. Não há nenhum outro lugar no mundo, onde eu gostaria de estar mais, do que aqui, ao seu lado. Portanto não é o que eu vejo em você, mas justamente o que eu não consigo ver, só sentir...

*Um diálogo aí, pela vida afora...

quinta-feira, 21 de junho de 2012

E a receita de hoje? Amor!

Existe algo na vida que tenha mais sabor que um grande amor? Seu gosto? Ora muito azedo, podendo ser salgado também... Mas nada melhor que um amor doce, e aí vai a receita então, para que ele nunca esteja cru, ou passado do ponto, evitando assim aqueles mal-estares que quem já passou, sabe bem do que me refiro;

1kg de sensibilidade - Sentir e ouvir o que o coração tanto clama;
900g de paixão - Ser um entusiasta da vida, e das pessoas;
800g de alma - O entregar-se nas mãos dos desejos, sem medo; 
700g de humildade - Sempre estar disposto a aprender e ouvir;
600g de alteridade - Muito respeito a si e principalmente ao outro;
500g de experiência - Maturidade, referência, e muita vivência;
400g de razão - Ouvir, pensar, e refletir em relação ao que a mente percebe;
300g de inteligência - Conhecimento e aprendizado, sempre ajudam;
200g de compromisso - O honrar dos pactos realizados nas relações;
100g de sinceridade - Ser verdade, falar verdade, e saber ouvir a verdade;
E uma pitada de espontaneidade, de você!

Jogue tudo na grande tigela que é o viver, misture os ingredientes à sua maneira e coloque em fogo alto, na verdade, altíssimo! E deixe por lá... Nesta receita, é fundamental que você imprima a sua forma, o seu jeito... Faça como você quer, e/ou consegue... Depois de "pronto", bon appetit!

terça-feira, 12 de junho de 2012

Dia dos N(amor)ados

Hoje é dia dos namorados, momento de se fazer um brinde a felicidade de casais pelo mundo afora, mas também, dia para refletir. E convido a todos, sejam solteiros, namorados, ou casados, pois hoje, mais do que qualquer coisa, se celebra o amor, e esse meus caros, é lugar comum de todos... Poucas coisas são tão bonitas na vida, quanto o vivenciar de um amor. Seja ele platônico, impossível, certinho, ou todo errado mesmo, não importa, poucas coisas inspiram tanto quanto um amor, seja ele como for. Solteiro? Viva o amor em seus envolvimentos, e esteja bem preparado, pois o grande amor não avisa quando bate á porta. Namorados? Amem-se acima de tudo, desfrutem da companhia um do outro, cresçam juntos, amadureçam a relação, façam projetos mas dêem um passo de cada vez, valorizem o parceiro(a) que está ali do seu lado. Casados? Nutram sempre o amor, mantenham a chama acesa e também reconheçam a importância do companheirismo, construam uma parceria cada vez mais sólida, dêem mãos e caminhem sem olhar pra trás. E este recado é para todos que de alguma maneira desejam fazer "dar certo", seja na relação ou na vida. Procurem ser paz, tranquilidade, sabedoria, paciência, tolerância, humildade, ética, respeito, fidelidade, alteridade, carinho, desejo, felicidade, solidariedade, vontade, poesia, e amor; sejam sempre muito amor!

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Solteiros vs Namorados

Chega a ser hilário! De um lado, temos muitos solteiros que não medem esforços para vender que ser solteiro é a melhor coisa do mundo! Vida de festa, liberdade, e por aí em diante. Que não vale a pena namorar, porque ninguém presta, e então o negócio é curtir a vida, e o blá blá blá todo! Aí quando chega inverno, dia dos namorados, a tal pessoa solteira, bem resolvida, já fica querendo dormir de conchinha, se alugar em dia dos namorados, e reclamar de carência... E do outro lado, não menos engraçado temos os namorados! Muitos tentando vender que ter alguém do lado é a melhor coisa do mundo! Que o amor é lindo, que a felicidade é plena, e que o sentido da vida mora nas mãos da pessoa amada! Porém, quantos tem uma relação de verdade? Amor de verdade? A grande maioria destes "exímios apaixonados" na verdade, estão com alguém por estar, realmente tem alguém do lado, mas "dentro", acho que não hein?! Para saciar a insegurança de se bancar no mundo, e as cobranças externas e internas, nada melhor que a boa e velha cômoda relação infeliz! Relacionamentos de vidro e aparência, onde qualquer coisinha trinca e destrói toda a plasticidade do belo amor... Que inversão curiosa não? Solteiros invejando namorados, e vice-versa. Solteiros que se dizem bem resolvidos, mas que na verdade são choramingões, e namorados que vivem o "sonho", mesmo que de maneira hipócrita e tediosa. Por que as pessoas comparam, e se perguntam o que seria melhor, se namorar, estar solteiro? Não importa qual, são momentos, duas possibilidades de existência, fases diferentes. Ah, mas ser solteiro é ser livre! Livre de que? Numa relação de verdade, com um amor bem construído, a liberdade também é plena meus caros. Ah, mas ter alguém é muito bom! Ter alguém que dorme com a secretária, ou com o jardineiro? É realmente, isso é ter alguém... Já falei isso em outro textos, mas vale repetir; a felicidade não está no outro, está em você! Em como encara a vida, e como se percebe nela! Ou seja, a sua felicidade independe da condição, se solteiro ou namorado. Se está solteiro, se permita conhecer pessoas, viver algumas experiências, ter envolvimentos, enfim, aproveite o tempo livre, e se é um projeto seu, algo como uma escolha, ótimo! Faça como preferir, o que te faz feliz! Se você quer conhecer alguém, bacana, se você namora, ótimo, faça planos, aproveite a companhia do outro, se jogue, mas que seja de verdade, com alguém que agregue, que faça feliz, que haja amor! Viva a vida á sua maneira, ela é rara e cara demais, para ser vivida conforme vontades que não sejam as suas...

terça-feira, 5 de junho de 2012

Mulher. Ainda sexo (fr)ágil?

Recebi hoje durante a tarde um email. Neste email havia o relato de uma moça, onde ela se queixava de sua vida amorosa. Relatara que é solteira há aproximadamente um ano, e falou a respeito de seu desejo de arrumar um companheiro, todavia se mostra descrente nessa possibilidade, e terminou o email dizendo: "Não aguento mais esse jogo, não aguento mais me sentir usada, não aguento mais coisas de uma noite só!". Sempre é um prazer poder acolher alguém, ter essa troca, e diante do exposto, dedico este texto, não só para esta aflita moça, mas para todas que de alguma maneira, compartilham deste sentir. Bem, vamos lá! Vou lhes dizer uma coisa, hoje vou me ater a falar do outro lado do campo das relações amorosas, o lado mais obscuro. O amor é lindo, o desejo é bom, o prazer então nem se fala, mas há também muito jogo nessa brincadeira, pessoas e objetivos diferentes, e lhes digo outra coisa; não é pra qualquer um, "amadores" podem sair muito machucados dessa história. É tudo muito imprevisível, muito envolvente, em alguns momentos somos capturados de uma tal forma que perdemos o controle? Claro que sim, não sou ingênuo de pensar o contrário, e nem concebo a idéia de alguém se privando da grandiosidade que é o envolver-se, mas sempre procure saber o mínimo de você, até onde você pode ir, até onde você aguenta, o quanto você é capaz de suportar, elaborar e lidar com determinadas dores. Se você se sente "pronta" para bancar seus desejos, uma noite e nada mais, envolvimentos, lances passageiros, possíveis frustrações, e etc... Ótimo! Se você banca suas vontades, não se preocupe com discursos moralistas, ou olhares de reprovação, pois ainda vivemos num mundo bastante machista, onde os padrões sociais privilegiam aos homens esse e tantos outros tipos de comportamento, e o mais importante, o coração é seu, o desejo é seu, o corpo é seu, e acima de tudo, a vida é sua, e ela é bem curtinha... Agora, se você idealiza muito, ainda sente muita insegurança em dar alguns passos, tem uma postura mais conservadora, tem receio de se sentir usada, magoada, tem outros projetos, enfim, segure mais a sua onda. Converse, aprenda, sinta, cresça, apareça, e amadureça afetivamente, erre sim, acerte também, mas entenda que é tudo ao seu tempo, inclusive o amor, os desejos, os prazeres que a vida reserva. Não tenha pressa, a vida é curta sim, mas o verdadeiro desfrutar da vida, não reside na quantidade, mas na qualidade dos momentos. E essa qualidade, anda junto, com o auto-conhecimento e o auto-conceito. Procure portanto, conhecer-se e amar-se primeiro, antes de se jogar de cabeça nesse mundão que tanto tem a oferecer, mas também, fazer doer...

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Geração café na cama?

Flores, serenatas, declarações, portas de carro? Muitos se perguntam se o romantismo haveria morrido. Será? Foi o romantismo que morreu, ou nossa sensibilidade para o amor? Não há nada mais bonito do que um amor manifesto, uma demonstração de afeto, seja um grito de "EU TE AMO!" da mais alta montanha, com todo o ar dos pulmões, um simples bilhetinho na geladeira, ou até mesmo um abraço meio sem jeito, pouco importa a forma, amor não é ciência exata, cada um ama a seu jeito, cada um ama como consegue, cada um é artista de seu amar, e como é belo tudo isso! Por trás de um lindo buquê de rosas, ou um caro colar de diamantes, pode haver muita mentira e tédio, enquanto numa mensagem escrito errado no celular, ou num presente mal escolhido, muita verdade e paixão. Olhos e coração abertos! Você pode estar deixando de perceber e sentir o calor do amor que está ao seu redor, naquele lugarzinho ali no canto mesmo, o mais improvável, sabe? Aquele tapinha nas costas meio sem graça? Preste mais atenção... E sem preocupações, ou cobranças de como mostrar seu amor, simplesmente ame, sinta, mostre à sua maneira, faça a pessoa amada enxergar através de seus olhos. O que é de verdade, não precisa convencer...


terça-feira, 29 de maio de 2012

Existem pessoas certas?

Você está esperando a pessoa certa? Você acha que o amor funciona como um ponto de ônibus? Onde você escolhe, acena com as mãos, entra e segue para o destino que tanto almeja? Desculpe decepcioná-la(o)s, mas o amor é um pouquinho mais complicadinho do que isso. Você não vai conseguir encontrar ele, pois é ele que te encontra. E o destino então? Completamente incerto. Mas e o que seria essa tal de pessoa certa? Alguém que faça suas vontades, fale o que você quer ouvir, e seja como você espera? Espera um pouquinho. Acho que já sei quem é a pessoa certa para você; você mesmo! Quer dizer, me enganei, nem você é certo para você mesmo, afinal de contas você também é gente, esqueceu? E sendo assim, errante, imprevisível, inconstante, misterioso, confuso, impreciso, ou você é ingênuo o bastante para pensar que se conhece por completo? Você é certo? Certo por quê? Pra quem? E o que seria o errado? A idéia de "pessoa certa" não faz sentido algum! E pra que fazer? Já que o que importa é o amor, a felicidade, o bem-estar, o arrepio na pele, o sorriso no rosto, e o pulsar no coração. Isso é o que torna as relações humanas tão bonitas! O encontro de afinidades que agradam, mas também de diferenças que ensinam, isso que faz do amor tão desafiador e encantador! Certo? Eu quero é a imensidão do amor de verdade! Ou seja, o seu incerto!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Espelho, espelho meu...

"Beleza é fundamental"; slogan muito vendido nos dias atuais, e não é à toa. Vivemos hoje num mundo absurdamente estético, onde o conceito de beleza é regulado fundamentalmente por mercado e consumo (indústrias, cosmético, plástica, moda, etc...), tendo por consequência, a oferta de padrões estéticos esticados ao utópico, gerando aquele efeito de constante insatisfação com os reflexos do espelho. Podemos dizer em outras palavras, que escolhem para nós o que devemos ou não achar bonito, nossos olhos são controlados não para ver a beleza como queremos, percebemos, ou a sentimos, mas a proposta que nos vendem. Qual é o resultante? Mulheres realmente lindas e exuberantes, que não conseguem perceber a própria beleza diante de um espelho, sendo tomadas constantemente por sentimentos de insegurança. Um prato cheio para o mercado não? E os efeitos não param por aí. Sendo a estética tão valorizada socialmente, o ter e o parecer vão cada vez mais, se sobrepondo ao ser. É interessante entendermos essa distorção do conceito de beleza, para que apesar das lógicas estéticas, possamos de alguma maneira nos sentir bem com nossa aparência, confiantes e estimados, o que é muito importante para uma auto-imagem saudável. E nunca esquecer, o mais importante, que a estética convida apenas os olhos, mas a beleza, convida a alma...

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Filhos, por que tê-los?

Como costumam funcionar as coisas? Bem, quando estamos solteiros, nos perguntam, e então, quando vão "desencalhar"? Quando supostamente se "desencalha", lá vem mais perguntas, e então, quando é o casório? E pensa que as exigências culturais acabam por aí? Não, na verdade elas são intermináveis, somos demandados constantemente. Mas depois do casório, qual é a próxima? E então, quero meu sobrinho, ou meu netinho, e o filhote quando vem? Isso tudo, na vida de alguns, acontece com tamanha "rapidez", que nem se percebem dando estes passos. Passos estes, que são grandes, importantes, e envolvem uma série de coisas, pessoas, vontades, afetos, e acima de tudo, vidas. E sendo assim, merecem cuidado ao serem dados. Estou dizendo que quando acontece de maneira inesperada, ou não planejada, não dá certo? Não estou dizendo isso, pois na vida não há receitas. Mas penso sim, que se conhecendo mais, planejando os passos, construindo os projetos, a possibilidade de se evitar conflitos, e sustos lá na frente, é grande. Mas retomando o assunto, e os filhos, como tê-los? Só tê-los e pronto? Não! Nunca podemos esquecer que é uma vida que estamos colocando em jogo, e que um dos maiores privilégios do viver, é ser referência, educar, criar uma criança, torná-la uma cidadã, e acho que para isso, temos que ter considerável estrutura psíquica e financeira, para dar a estes pequenos dependentes, todo o amor que precisam. E entre o casal, é fundamental haver a harmonia, sintonia, paz, parceria, amor, e principalmente, o projeto em comum, para acolher, receber o mais novo membro como ele merece. Já ia me esquecendo da outra pergunta, por que tê-los? Por que cobram? Não! Para salvar casamentos? Não! Para o filho realizar os sonhos, que não conseguiu realizar? Não! Por que sim? Não! Tem que se querer um filho, para simplesmente agregar a família, ter mais um membro, mais história, mais amor. Um filho não pode nunca ser depositário de nossas vontades ou frustrações. Devemos guiá-los para o mundo, para a liberdade, para o amor, para que eles mesmos, construam seus próprios sonhos, seus próprios olhares sobre a vida. Este, é um dos espetáculos mais fascinantes da existência. Filhos, são como os mais lindos brotos, que se doam de corpo, alma e coração, nos dando o privilégio de regá-los, e conduzi-los a tornarem-se magníficas árvores...


sexta-feira, 18 de maio de 2012

Fidelidade, uma realidade?

Para a grande maioria, nem caberia a discussão, pois a resposta seria rápida e categórica; um sonoro não! E isso tem me chamado a atenção, essa descrença crônica, o fato de pouquíssimas pessoas acreditarem na possibilidade de uma relação onde exista sim a já "mitológica" fidelidade. Não tenho a menor pretensão de fazer julgamentos, falar se é moral ou imoral, ou taxar certos e errados, apenas propor uma reflexão, uma possibilidade de nos deslocarmos de nós mesmos por um momento, para pensarmos essa questão que tanto mexe com o imaginário de todos. Bem, vamos começar falando da tão temida "traição". Três coisas! Primeiro, acabar com essa história de que só homens traem. Pessoas traem, mas concordo que devido a padrões culturais, e discursos sexistas, o homem trai mais, inclusive, nessa sociedade onde ainda sobrevive resquícios do machismo, a traição vinda de um homem, é recebida de melhor grado, que vinda de uma mulher. Por essas e outras, você já começa a perceber algumas coisas. Segundo, a pergunta mais recorrente do traído(a); o por quê. Eu fazia tudo por ele(a), achei que éramos felizes, estava tudo bem, não precisava disso, por que fez isso comigo? E então. Cada casal, constrói uma dinâmica muito própria de funcionamento (hábitos, regras, costumes), e ainda, cada um do casal, percebe a relação de uma maneira diferente, e muitas vezes de forma involuntária, entrelinhas, sem dar-se conta, simplesmente vai se desdobrando, complicado não? Muito. Mas o caminho é esse para entender as motivações por trás de uma traição. Seria um simples desejo, ou reflexo de uma relação que tem lá seus desgastes? Bem, eu adianto que o papo de "carne fraca" é uma desculpa já desgastada. O desejo, a atração por outro(a), é inevitável, realmente pode ser muito forte, mas se estivermos falando de uma relação de amor, realmente sólida, onde haja comunicação e convenção entre o casal, confiança plena, uma parceria anunciada, o coração dificilmente deixa trair. Por quê? Entra em jogo três perguntinhas básicas. Vou querer quebrar a confiança que temos? Seria justo, pelo respeito e amor, fazer isso com minha parceira(o)? Vou colocar em risco minha relação, por um suposto desejo? Se faça estas perguntas, e conforme forem suas respostas, você vai entender muito sobre a própria relação. E a terceira coisa, não menos importante, só lembrar, que trair a quem se ama, é trair acima de tudo, a si mesmo...

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Doído amor não correspondido...

Os amores não correspondidos, deveriam ser considerados uma questão de saúde pública! Não há nada que brinque tanto com o corpo e a mente, quanto um amor não correspondido. Os sintomas são diversos, mas os mais recorrentes costumam ser: insônia, paranóia, aflição, angústia, e dor, muita dor... É algo muito frustrante amar alguém que não te ama, ou querer se entregar a quem não te quer, e isso num primeiro momento, para muitos, além do sofrimento, pode gerar muita desorganização afetiva. O sofrer faz parte, sem fugir ou camuflar, é necessário vivê-lo em sua plenitude, para amadurecer afetivamente, e entender com mais profundidade as coisas. O problema é como cada um encara esse sofrer. Alguns, vão colocar uma música triste para ouvir, sair com amigos para beber e conversar, perder o sono algumas noites, fraquejar em um dado momento, mas vão perceber a hora do "chega", e seguir em frente. Já outros, vão se humilhar, suplicar, insistir, entre tantas outras coisas, que na verdade, só vão amplificar o sofrer. A forma como alguém vai elaborar tal situação, se de forma saudável ou não, está vinculada a auto-imagem (imagem que tem de si e do mundo), e as ferramentas afetivas que dispõe (recursos intelectuais, experiências e maturidade afetiva). O amar-se é fundamental para viver bem os amores, e também os desamores. O único amor que jamais pode deixar de ser correspondido é o próprio.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Amor sem censura

Vivemos em uma sociedade regida por "manuais", onde poucos são os que ousam fugir aos modelos, para encarar os olhares de estranheza e julgamento, de um mundo que não tolera o diferente. Nos dizem o que falar, como ser, do que devemos gostar, que vida devemos levar, e até quem ou como devemos amar. Nem o amor é poupado! Como se amor tivesse forma, hora, e lugar para acontecer... Que sejamos corajosos o suficientes para bancarmos nosso "eu", nossos desejos, e acima de tudo, nosso amar. Se é amor que agrega, faz feliz, provoca bem-estar, traz alento, deixando tudo mais bonito, do que importa, cor, dinheiro, idade, sexo, ou qualquer outra coisa? Eu desafio a encontrarem algum argumento razoável que desconstrua esta idéia. O amor é o nosso sonho mais bonito, que não nos deixemos ser "acordados"...

sexta-feira, 11 de maio de 2012

E balada, é lugar de amor?

E quantas vezes já se ouviu por aí, que na balada ninguém quer nada com nada, que só tem o que não presta, que é uma vida vazia, e assim por diante? Não é bem assim... Na balada, assim como na vida, há de "tudo", pessoas, vontades, situações, inúmeras experiências, prontas para serem vivenciadas. Algo curioso, que muitas vezes acaba ocorrendo, é uma ingênua distorção da principal proposta da balada, que seria o lazer, para uma "missão de guerra". Há todo um "folclore social" construído, no qual severas expectativas são geradas, os meninos se cobram a "pegarem alguém", e as meninas a "serem desejadas", e se isso não ocorrer, para muitos a noite será um verdadeiro fiasco. Isso quebra com o maior encanto que a noite reserva; o mistério! A magia da noite, mora na despretensão, na espontaneidade, no sair para se divertir, dar boas risadas, curtir, beber com os amigos, pagar micos, é não saber o que vai encontrar, as situações que vai se deparar, as pessoas que vai conhecer, as amizades que vai fazer, os desejos que vão acometer, os lances que vai viver, e os amores que podem acontecer. Eu particularmente, passei por diversas situações na balada, positivas, negativas, vivenciei momentos únicos de felicidade, dei muitas gargalhadas, dancei além da conta, bebi só um "pouquinho", conheci pessoas fantásticas, fiz grandes amizades, também vivi, claro, alguns romances, outros "apenas uma noite", fiz alguns vínculos, e principalmente, esbarrei num grande amor. O que importa de verdade, é como você se percebe, e percebe as coisas ao seu redor, o quanto você está de braços abertos para o que a vida reserva, o quão disposto a se permitir, experimentar-se no mundo você está, e isso independe do lugar que pisa, é questão de ser, e atrever...

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Casar ou não casar, eis a questão...

Um verdadeiro sonho para muitos, que planejam desde criança este episódio de suas vidas, em encontrar um grande amor, e celebrar a união com uma cerimônia digna de contos da Disney. E um verdadeiro pesadelo para outros tantos, uns que procuram fugir aos compromissos de qualquer maneira, aqueles que já desistiram por não acreditar mais nessa possibilidade, outros que sentem-se extremamente cobrados pela sociedade, família, e por si mesmos, a "desencalhar", enfim. São tantas as produções, as construções, e os mitos culturais em torno desse acordo, ritual que chamamos de "casamento", que é compreensível ele gerar tanta dor de cabeça assim nas pessoas. A verdade é que não deveríamos dar tamanha importância ao casamento, transformando-o nesta coisa homérica. Casamento deve ser algo de muito mais leveza, uma consequência, e nunca um fim. No entanto, o que se percebe nos dias atuais? Mais casamentos terminando, do que começando. Por que? Simples, eles começam pelos motivos errados. Na grande maioria das vezes, ele acaba sendo um fim, ao invés de um desdobramento natural da relação como deveria ser. Muitos casam por objetivo, cobrança, conveniência, necessidade, conservadorismo, entre tantas outras razões equivocadas, e acabam esquecendo que o casamento não passa de um "protocolo social", e esquecendo também o que importa de verdade entre um casal; amor! O que eu vejo muito por aí, são festas caríssimas de casamento, onde a união não dura mais que uma estação do ano, ou se dura, é pela velha e boa infeliz comodidade. Porém, outra coisa que eu vejo muito por aí também, são casais extremamente felizes e funcionais, que estão há anos juntos, e nunca se casaram. O que estou querendo dizer? Dizer se casamento é algo bom ou ruim? Absolutamente que não. O que eu quero dizer, é que um casal feliz e funcional, independe do rótulo que carregam, se são apaixonados, namorados, noivos, casados, ou qualquer outro modelo de união. Se o casamento tiver razão de ser, encher os olhos, ser bonito, um capítulo natural de uma união feliz, e tiver parceria, companheirismo, cumplicidade, harmonia, convenção, sintonia, e principalmente, amor, então encontro motivos que valem a pena, para se fazer uma linda festa, e celebrar com amigos e familiares. O verdadeiro elo entre um casal, não está no dedo, está no coração...

terça-feira, 8 de maio de 2012

Amor tem que ser espelho

Nada mais bonito que um amor correspondido. Quando dois amantes se perdem e/ou se encontram um no outro, do mais alto ponto de seus corações, compartilhando da mesma grandeza de um amar, tendo seus corpos magicamente encaixados, e almas envolvidas por uma sintonia perfeita. Mas e quando o amor não é correspondido? Nada mais triste então. O amor é amar e sentir-se amado. Um amor só pode nascer, crescer, e viver, se ele tiver alimento. O amor pede troca, abraços apertados, olhares apaixonados, e silêncios que traduzem "eu te amo". Amor tem que ter reflexo, o outro precisa ser um espelho no qual você se vê. Não está conseguindo se ver no espelho? O seu amor, é a jóia mais preciosa que você tem na vida, portanto, procure dar esta jóia, a quem estiver disposto a fazer o mesmo, pois amor de verdade, em sua plenitude, só acontece com entrega, entre duas pessoas que dão o mesmo valor ao amor...

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Confissões de um grande amor

É madrugada, a música é triste, e tomado por linda melancolia, mistura de riso e lágrima, um anjo toma meus pensamentos, sussurrando amor e saudade em meus ouvidos. Este meu dissertar sobre o amor, não passa de um desabafo, um grito, uma súplica, um delírio deste jovem poeta que pensa saber muito sobre o amar, mas que na verdade, é seu maior refém. Nada mais que uma tentativa desesperada, na busca de alento nos braços da poesia, para este coração que sangra de paixão, querendo dividir a dor e a alegria que é sentir este amor. Por mais que eu queira, e tente, não consigo retratar como é sentir este meu amar. É algo insano, um sentimento que só me faz transcender, e chegar a lugares que jamais alcançaria, me traz um encantamento singular com o viver, uma forma mágica de perceber a existência, simplesmente, o mais belo sentido na vida... Mesmo longe, esse anjo se faz presente em minha alma, inspirando cada segundo de meus dias. Sendo o amor tão inconstante, tão incerto, como posso ter tanta certeza de que meu destino é ao seu lado, e que meu coração pertence a este anjo que me foi dado de presente pela vida? É, e eu tenho. Sei que a morada de minha felicidade plena, é em seus braços. Não adianta eu me enganar, nada me encanta como este amor. A vida sem ela? Sem cor, sabor e graça. Outras mulheres? Muito pouco me provocam, no máximo desejos, mas esvaziados de sentido e sentimento. Não consigo, não preciso, e não desejo outro amor, a vida me fez por ele escolher, e por ele ser escolhido, como num passe de mágica. Senti isso na primeira vez que toquei suas mãos, e me vi refletido em seus olhos. O que será de mim e meu anjo? Não sei... Meu desejo? Morrer ao seu lado, e dedicar o resto de meus dias só para imprimir sorrisos em seu rosto perfeito, e fazê-la feliz, viver de amor, como ela mesmo um dia sugeriu... Mas não sei o que a vida fará deste nosso louco amor. Nosso amor foi escrito nas estrelas mais brilhantes, é pura arte, nossa história daria a mais linda ópera, não há como prever futuros lógicos, para algo tão especial, mágico e singular... Mesmo que a vida nos seja cruel, e nossas mãos nunca mais se entrelacem, sabemos das cicatrizes que deixamos em nossas gêmeas almas, só nós sabemos como fomos condenados a este amor, e como nossos corações estão entrelaçados para sempre... Ter este amor dentro de meu peito, faz tudo valer a pena, sentir algo assim é um privilégio que emociona, e cada segundo vivido ao seu lado, foi uma eternidade de felicidade... E é por isso, que incondicionalmente, te amei, te amo, e sempre te amarei, meu anjo...

sábado, 5 de maio de 2012

Corpos distantes? Corações próximos...

Estava eu ouvindo uma querida amiga falar a respeito da dificuldade de se manter uma relação à distância. Ela me comentava, com ar de tristeza nos olhos, e certa melancolia no tom de voz, que não aguentava mais estar separada por continentes de seu amado, que não suportava a tortura da saudade, e não sabia mais onde encontrar recursos para lidar com a angústia dessa falta. Eu fiquei pensando em relação a essa "geografia do amar", em como todos podemos ser afetados por essa realidade a partir de um eventual desdobramento da vida, seja por questões profissionais, familiares, enfim, e de uma hora para a outra, se ver longe da pessoa amada! Não é fácil elaborar essa situação, gerir e nutrir uma relação à distância, mas diferentemente do que muitos acreditam, é possível sim preservar cada gota de amor, e manter uma relação "funcional", mesmo de longe... Vai exigir de cada um, muita estrutura, auto-confiança, auto-conceito, mente e coração bem resolvidos. Já da relação, vai exigir muita solidez, confiança, clareza, respeito, e acima de tudo, amor! O que importa de verdade não é estar ao lado, é estar dentro... O que é de verdade, o que é forte, vai superar a saudade, vontade, falta, lágrima, medo, e resistir a qualquer dificuldade, ou adversidade que se impor entre o amor... Quilômetros podem separar corpos, mas jamais almas e corações...

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Sexo, desejo, reflexo!

Seja em qualquer circunstância, de qualquer jeito, a qualquer hora, em qualquer lugar, sexo é bom demais, simplesmente, um dos maiores prazeres á disposição neste viver. Mas acreditam que ele pode vir a se tornar algo ainda mais prazeroso? Se você "literalmente" se abrir! É interessante observar, que todos pensam que são verdadeiros "experts" no assunto, com desempenhos "irretocáveis", e imaginam que não precisam entender ou procurar saber de mais nada em relação ao sexo, vontade do(a) parceiro(a), sua própria sexualidade e desejos... Entre casais, muitas vezes, o que era pra ser uma das melhores partes do relacionamento, acaba se tornando um verdadeiro abismo, onde receios, tabus, o medo de tocar no assunto e a falta de comunicação tomam conta, criando um mal-estar maior do que se pode imaginar. Isso quando ele não é reflexo de coisas que não andam bem entre o casal, possíveis desgastes, problemas individuais, entre outras questões... Sexo é uma bela e singular possibilidade de demonstrar o afeto, o amor, a paixão, o tesão, a vontade, tornar dois corpos entrelaçados num só, bancar desejos, sentir prazer, satisfazer a pessoa amada e/ou desejada, dentre tantas outras magias capazes de provocar... Sexo tem que ter sentimento, fluidez, espontaneidade, leveza, sintonia, desejo e diálogo. Na medida em que você reconhece a importância da sexualidade, percebe que o sexo é mais do que "simplesmente sexo", e se permite sem presunções a se entregar a este campo, ele se torna cada vez melhor e melhor...

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Fechando ciclos

E chega aquele momento onde o chão simplesmente se abre sob os pés, a desorganização toma conta do pensar, o coração congela, e o medo do amanhã e a impotência se engrandecem diante do viver; a separação, o término, o ponto final de uma história... As sombras da certeza e do costume de ter aquele amor, sentir aquele beijo, viver aquela rotina, estar ao lado daquele(a) companheiro(a) no seu projeto de "para sempre", passam então a escurecer as manhãs... E todo fim tem sua tristeza, melancolia e angústia, independente se é o término de um breve namoro, ou um casamento de longa data; amor e sofrer não se qualificam, não se medem... Todos sofrem, cada um, a sua maneira, alguns como querem, outros como podem, buscando os recursos afetivos que dispõem e também os que não dispõem, para suportar, lidar, e elaborar o "luto" da relação que já não há mais... A partir daquela ansiedade, vazio e perguntas sem respostas, alguns se fecham para o mundo, enquanto outros se jogam nele, outros choram, e uns sorriem, há aqueles que vêem o tempo passar rápido, no entanto, para alguns, o tempo resolve não passar... Sem juízos de valor, independente da circunstância, ou porquês de um término, pelo bem-estar da alma, do corpo e do coração, deve-se sempre procurar fechar bem os ciclos... Quando menciono "fechar um ciclo", estou me referindo a elaborar o término, aprender através do sentir, entender que se relacionar com um outro implica em riscos, e que nunca será tempo jogado fora, entender que teremos sonhos, aspirações e expectativas sim no outro, mas que nem sempre serão contempladas, dentre outras tantas razões, é fundamentalmente, compreender que para a alma continuar a caminhar, a novamente amar, tem que saber deixar...

terça-feira, 1 de maio de 2012

Quer amar? Vai trabalhar!


Neste dia do trabalho, não poderia deixar de falar sobre uma das mais belas vocações da vida, simplesmente a mais gratificante que existe; o amar... Mas como qualquer outra "profissão", o amar requer muito treino, aprendizado, conhecimento, vivência, experiência, empenho, esforço, e acima de tudo, sensibilidade. Amar é se trabalhar! O amor exige reflexão, comunicação, tolerância, paciência, alteridade, respeito, afinidade, amizade, habilidade, sentimento, tato, enfim, uma verdadeira infinidade de coisas... E o mais enriquecedor de tudo isso, é que com o tempo, você percebe que o mais gostoso do amor, o poético, o fluir e o deixar sentir, o ser levado, o se permitir, se torna cada vez mais intenso e singular, na medida em que você se empenha em vivenciar, se entregar, se experimentar no amar...

domingo, 29 de abril de 2012

Ciúme é sintoma

Todos sentimos ciúmes? Sem dúvida. Todos sentimos aquele pequeno desconforto, uma certa inquietude diante de uma determinada situação. Mas quantos deixam pra lá e procuram lidar de uma maneira saudável, madura e aceitável? Quem nunca ouviu por aí "Ah, um ciuminho é bom, é sinal de amor!", e discursos do gênero? Calma, que não é bem assim... Pelo contrário, ciúme pode ser um sintoma, de que algo não vai bem. Isso, quando não adoece pessoas, e se transforma em algo patológico ao ponto de terminar em tragédias. Primeiro vale lembrar, que ninguém deve ser propriedade de ninguém, pessoas tem que estarem juntas porque desejam, não porque devem. Amor é querer, e não dever... O ciúme pode ser indicativo de várias coisas, dentre as principais, sexismos infundados, relacionamentos desgastados e inseguranças exageradas. O que mais me chama a atenção, é que na grande maioria das situações, o ciúme não é um reflexo da relação, ou de uma eventual falta de confiança no(a) parceiro(a), mas na falta de auto-confiança! E como construir uma relação segura e confiável, se você não acreditar nem em si mesmo? Não perca seu tempo monitorando os passos do outro, proibindo uma série de coisas, mendigando amor para alimentar as paranóias da insegurança. Se o outro quiser cometer algum "deslize", vai cometer, independente do que você fizer. O caminho para se fazer presente de verdade no coração da pessoa amada, é se amar primeiro. Investir em você, em ser alguém especial, diferente, marcante, sedutor, desejável, único, simplesmente insubstituível... Relacionamento de verdade é ser livre juntos, é ser e deixar ser...

sábado, 28 de abril de 2012

Amor leve, como se deve

Quem almeja a felicidade no outro, corre grande risco de não encontrá-la. A felicidade não está, nunca esteve, e nunca estará no outro. Está em você, em como percebe a vida, e como se percebe nela. Os caminhos da carência, da fragilidade e da cobrança, dependendo do momento no qual nos encontramos, tornam-se muito sedutores, mas devem sempre ser mais do que evitados. Procure, pelo bem de sua saúde mental e afetiva, não ser dependente do afeto de ninguém. A outra pessoa deve vir não para completar um "suposto vazio existencial", e sim amplificar ainda mais a felicidade. Este é o caminho para construir um amor leve como se deve, pleno, livre, intenso e maduro. É não precisar do outro para absolutamente nada, duas almas livres, que simplesmente estão ali, uma ao lado da outra, porque não haveria nenhum outro lugar no mundo onde gostariam mais de estar, do que aquele...

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Tempos de corações blindados

Não vivemos mais em tempos de casamentos arranjados e mulheres submissas como há séculos atrás. Vivemos sim numa época de muito dinamismo, informação, tecnologia e liberdade. E com o amor não tem sido muito diferente. As pessoas escolhem seus parceiros, daqui a pouco trocam, ou são escolhidos, daqui a pouco são trocados, ficam, namoram, casam, separam, ficam, ficam de novo, e os amores e desafetos vão acontecendo neste acelerado campo relacional. Mas eu pergunto, e o coração pra acompanhar esse ritmo? Amores não retribuídos? A rapidez dos vínculos? Uma noite e nada mais? As expectativas não contempladas? Será que todos entendem o cenário atual, e bancam seus desejos e vontades? Prontos pra lidarem com qualquer desfecho? Eu me arrisco em dizer que são poucos. Tenho visto muita lágrima, angústia e confusão por aí. Gente descrente no amor, com receios de confiar e se envolver, e principalmente, medo de sofrer... O sofrer é fundamental para se ter mais maturidade afetiva, é nele que você tem a oportunidade de transcender você mesmo, com o tempo inclusive você vai ficando bom em aprender com o sofrer. O sofrer é inerente a qualquer relação humana, é o risco que se assume para poder estar com pessoas, alguém consegue viver sem um abraço, um beijo, sem amor, sem gente? Mas e o "coração blindado"? Um coração "aberto" para viver e aprender com o que a vida reservar no campo afetivo, bancar as coisas, aprender, sofrer sim, e acima de tudo, viver... Amar é isso, entrega, risco, intensidade, mas penso que pelo amor, vale a pena cada lágrima derramada, não? Não blindem o coração "para o amor", blindem "para amar"...

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Vamos sentar e falar de amor?

Não. Não há manuais para o amar. Portanto, não perca seu tempo em revistinhas de zodíaco, ou procurando receitas para uma relação amorosa funcional em qualquer outro lugar, porque o amor foge a qualquer lógica. Amar é conhecer alguém, sentir-se profundamente ligado a esta pessoa sem intencionalidade alguma, um sentimento de "era pra ser", algo impossível de resistir ou se lutar contra, é passar a fazer e falar coisas que jamais imaginaria, é algo mágico... O amor é uma das mais belas razões da existência, mas todos temos nossas histórias de como ele pode nos dar e a qualquer momento tirar o chão sob nossos pés. Nada mais oportuno então do que um espaço de conhecimento, troca, acolhimento, descontração, e acima de tudo, de sensibilidade, para tratar daqueles corações que sentem amor, dúvida, paixão, angústia, curiosidade, tristeza, o que for... Vamos sentar e falar de amor? Homem, mulher, relação, namoro, casamento, separação, ciúme, fidelidade, traição, sexualidade, estética, tabus, e tudo que envolve esta doce insanidade? Sejam muito bem-vindos ao "Perdão por te amar de repente", e desde já, sintam-se abraçados por este blog, que só quer divagar sobre o amar...