domingo, 29 de abril de 2012

Ciúme é sintoma

Todos sentimos ciúmes? Sem dúvida. Todos sentimos aquele pequeno desconforto, uma certa inquietude diante de uma determinada situação. Mas quantos deixam pra lá e procuram lidar de uma maneira saudável, madura e aceitável? Quem nunca ouviu por aí "Ah, um ciuminho é bom, é sinal de amor!", e discursos do gênero? Calma, que não é bem assim... Pelo contrário, ciúme pode ser um sintoma, de que algo não vai bem. Isso, quando não adoece pessoas, e se transforma em algo patológico ao ponto de terminar em tragédias. Primeiro vale lembrar, que ninguém deve ser propriedade de ninguém, pessoas tem que estarem juntas porque desejam, não porque devem. Amor é querer, e não dever... O ciúme pode ser indicativo de várias coisas, dentre as principais, sexismos infundados, relacionamentos desgastados e inseguranças exageradas. O que mais me chama a atenção, é que na grande maioria das situações, o ciúme não é um reflexo da relação, ou de uma eventual falta de confiança no(a) parceiro(a), mas na falta de auto-confiança! E como construir uma relação segura e confiável, se você não acreditar nem em si mesmo? Não perca seu tempo monitorando os passos do outro, proibindo uma série de coisas, mendigando amor para alimentar as paranóias da insegurança. Se o outro quiser cometer algum "deslize", vai cometer, independente do que você fizer. O caminho para se fazer presente de verdade no coração da pessoa amada, é se amar primeiro. Investir em você, em ser alguém especial, diferente, marcante, sedutor, desejável, único, simplesmente insubstituível... Relacionamento de verdade é ser livre juntos, é ser e deixar ser...

sábado, 28 de abril de 2012

Amor leve, como se deve

Quem almeja a felicidade no outro, corre grande risco de não encontrá-la. A felicidade não está, nunca esteve, e nunca estará no outro. Está em você, em como percebe a vida, e como se percebe nela. Os caminhos da carência, da fragilidade e da cobrança, dependendo do momento no qual nos encontramos, tornam-se muito sedutores, mas devem sempre ser mais do que evitados. Procure, pelo bem de sua saúde mental e afetiva, não ser dependente do afeto de ninguém. A outra pessoa deve vir não para completar um "suposto vazio existencial", e sim amplificar ainda mais a felicidade. Este é o caminho para construir um amor leve como se deve, pleno, livre, intenso e maduro. É não precisar do outro para absolutamente nada, duas almas livres, que simplesmente estão ali, uma ao lado da outra, porque não haveria nenhum outro lugar no mundo onde gostariam mais de estar, do que aquele...

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Tempos de corações blindados

Não vivemos mais em tempos de casamentos arranjados e mulheres submissas como há séculos atrás. Vivemos sim numa época de muito dinamismo, informação, tecnologia e liberdade. E com o amor não tem sido muito diferente. As pessoas escolhem seus parceiros, daqui a pouco trocam, ou são escolhidos, daqui a pouco são trocados, ficam, namoram, casam, separam, ficam, ficam de novo, e os amores e desafetos vão acontecendo neste acelerado campo relacional. Mas eu pergunto, e o coração pra acompanhar esse ritmo? Amores não retribuídos? A rapidez dos vínculos? Uma noite e nada mais? As expectativas não contempladas? Será que todos entendem o cenário atual, e bancam seus desejos e vontades? Prontos pra lidarem com qualquer desfecho? Eu me arrisco em dizer que são poucos. Tenho visto muita lágrima, angústia e confusão por aí. Gente descrente no amor, com receios de confiar e se envolver, e principalmente, medo de sofrer... O sofrer é fundamental para se ter mais maturidade afetiva, é nele que você tem a oportunidade de transcender você mesmo, com o tempo inclusive você vai ficando bom em aprender com o sofrer. O sofrer é inerente a qualquer relação humana, é o risco que se assume para poder estar com pessoas, alguém consegue viver sem um abraço, um beijo, sem amor, sem gente? Mas e o "coração blindado"? Um coração "aberto" para viver e aprender com o que a vida reservar no campo afetivo, bancar as coisas, aprender, sofrer sim, e acima de tudo, viver... Amar é isso, entrega, risco, intensidade, mas penso que pelo amor, vale a pena cada lágrima derramada, não? Não blindem o coração "para o amor", blindem "para amar"...

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Vamos sentar e falar de amor?

Não. Não há manuais para o amar. Portanto, não perca seu tempo em revistinhas de zodíaco, ou procurando receitas para uma relação amorosa funcional em qualquer outro lugar, porque o amor foge a qualquer lógica. Amar é conhecer alguém, sentir-se profundamente ligado a esta pessoa sem intencionalidade alguma, um sentimento de "era pra ser", algo impossível de resistir ou se lutar contra, é passar a fazer e falar coisas que jamais imaginaria, é algo mágico... O amor é uma das mais belas razões da existência, mas todos temos nossas histórias de como ele pode nos dar e a qualquer momento tirar o chão sob nossos pés. Nada mais oportuno então do que um espaço de conhecimento, troca, acolhimento, descontração, e acima de tudo, de sensibilidade, para tratar daqueles corações que sentem amor, dúvida, paixão, angústia, curiosidade, tristeza, o que for... Vamos sentar e falar de amor? Homem, mulher, relação, namoro, casamento, separação, ciúme, fidelidade, traição, sexualidade, estética, tabus, e tudo que envolve esta doce insanidade? Sejam muito bem-vindos ao "Perdão por te amar de repente", e desde já, sintam-se abraçados por este blog, que só quer divagar sobre o amar...