sexta-feira, 18 de maio de 2012

Fidelidade, uma realidade?

Para a grande maioria, nem caberia a discussão, pois a resposta seria rápida e categórica; um sonoro não! E isso tem me chamado a atenção, essa descrença crônica, o fato de pouquíssimas pessoas acreditarem na possibilidade de uma relação onde exista sim a já "mitológica" fidelidade. Não tenho a menor pretensão de fazer julgamentos, falar se é moral ou imoral, ou taxar certos e errados, apenas propor uma reflexão, uma possibilidade de nos deslocarmos de nós mesmos por um momento, para pensarmos essa questão que tanto mexe com o imaginário de todos. Bem, vamos começar falando da tão temida "traição". Três coisas! Primeiro, acabar com essa história de que só homens traem. Pessoas traem, mas concordo que devido a padrões culturais, e discursos sexistas, o homem trai mais, inclusive, nessa sociedade onde ainda sobrevive resquícios do machismo, a traição vinda de um homem, é recebida de melhor grado, que vinda de uma mulher. Por essas e outras, você já começa a perceber algumas coisas. Segundo, a pergunta mais recorrente do traído(a); o por quê. Eu fazia tudo por ele(a), achei que éramos felizes, estava tudo bem, não precisava disso, por que fez isso comigo? E então. Cada casal, constrói uma dinâmica muito própria de funcionamento (hábitos, regras, costumes), e ainda, cada um do casal, percebe a relação de uma maneira diferente, e muitas vezes de forma involuntária, entrelinhas, sem dar-se conta, simplesmente vai se desdobrando, complicado não? Muito. Mas o caminho é esse para entender as motivações por trás de uma traição. Seria um simples desejo, ou reflexo de uma relação que tem lá seus desgastes? Bem, eu adianto que o papo de "carne fraca" é uma desculpa já desgastada. O desejo, a atração por outro(a), é inevitável, realmente pode ser muito forte, mas se estivermos falando de uma relação de amor, realmente sólida, onde haja comunicação e convenção entre o casal, confiança plena, uma parceria anunciada, o coração dificilmente deixa trair. Por quê? Entra em jogo três perguntinhas básicas. Vou querer quebrar a confiança que temos? Seria justo, pelo respeito e amor, fazer isso com minha parceira(o)? Vou colocar em risco minha relação, por um suposto desejo? Se faça estas perguntas, e conforme forem suas respostas, você vai entender muito sobre a própria relação. E a terceira coisa, não menos importante, só lembrar, que trair a quem se ama, é trair acima de tudo, a si mesmo...

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