quarta-feira, 23 de maio de 2012

Espelho, espelho meu...

"Beleza é fundamental"; slogan muito vendido nos dias atuais, e não é à toa. Vivemos hoje num mundo absurdamente estético, onde o conceito de beleza é regulado fundamentalmente por mercado e consumo (indústrias, cosmético, plástica, moda, etc...), tendo por consequência, a oferta de padrões estéticos esticados ao utópico, gerando aquele efeito de constante insatisfação com os reflexos do espelho. Podemos dizer em outras palavras, que escolhem para nós o que devemos ou não achar bonito, nossos olhos são controlados não para ver a beleza como queremos, percebemos, ou a sentimos, mas a proposta que nos vendem. Qual é o resultante? Mulheres realmente lindas e exuberantes, que não conseguem perceber a própria beleza diante de um espelho, sendo tomadas constantemente por sentimentos de insegurança. Um prato cheio para o mercado não? E os efeitos não param por aí. Sendo a estética tão valorizada socialmente, o ter e o parecer vão cada vez mais, se sobrepondo ao ser. É interessante entendermos essa distorção do conceito de beleza, para que apesar das lógicas estéticas, possamos de alguma maneira nos sentir bem com nossa aparência, confiantes e estimados, o que é muito importante para uma auto-imagem saudável. E nunca esquecer, o mais importante, que a estética convida apenas os olhos, mas a beleza, convida a alma...

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