quinta-feira, 3 de maio de 2012

Fechando ciclos

E chega aquele momento onde o chão simplesmente se abre sob os pés, a desorganização toma conta do pensar, o coração congela, e o medo do amanhã e a impotência se engrandecem diante do viver; a separação, o término, o ponto final de uma história... As sombras da certeza e do costume de ter aquele amor, sentir aquele beijo, viver aquela rotina, estar ao lado daquele(a) companheiro(a) no seu projeto de "para sempre", passam então a escurecer as manhãs... E todo fim tem sua tristeza, melancolia e angústia, independente se é o término de um breve namoro, ou um casamento de longa data; amor e sofrer não se qualificam, não se medem... Todos sofrem, cada um, a sua maneira, alguns como querem, outros como podem, buscando os recursos afetivos que dispõem e também os que não dispõem, para suportar, lidar, e elaborar o "luto" da relação que já não há mais... A partir daquela ansiedade, vazio e perguntas sem respostas, alguns se fecham para o mundo, enquanto outros se jogam nele, outros choram, e uns sorriem, há aqueles que vêem o tempo passar rápido, no entanto, para alguns, o tempo resolve não passar... Sem juízos de valor, independente da circunstância, ou porquês de um término, pelo bem-estar da alma, do corpo e do coração, deve-se sempre procurar fechar bem os ciclos... Quando menciono "fechar um ciclo", estou me referindo a elaborar o término, aprender através do sentir, entender que se relacionar com um outro implica em riscos, e que nunca será tempo jogado fora, entender que teremos sonhos, aspirações e expectativas sim no outro, mas que nem sempre serão contempladas, dentre outras tantas razões, é fundamentalmente, compreender que para a alma continuar a caminhar, a novamente amar, tem que saber deixar...

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